Leia um trecho |
Privacidade na
internet é um tema que está em pauta hoje em dia. Há quem cometa excessos
ao se expor e há quem seja mais reservado. Mas o que seria se,
independentemente do grau de exposição, todos estivessem sujeitos a uma
vigilância rigorosa, com todas as suas mensagens particulares interceptadas, e
que a justificativa para isso fosse a segurança da Nação? Este é o
questionamento por trás da trama repleta de suspense e ação de Fortaleza
Digital.
Logo em seu primeiro livro, Dan Brown – autor de O
Código Da Vinci – mostra seu talento para prender o leitor do começo ao fim
da narrativa. Com sua primeira protagonista feminina, a matemática Susan Fletcher, conhecemos o interior
de uma das organizações de inteligência mais poderosas do mundo: a NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA,
responsável, entre outras coisas, por monitorar e interceptar mensagens de terroristas
enviadas pela internet. Para isso, a NSA conta com um supercomputador capaz de
decifrar qualquer código.
Os problemas começam quando surge um novo código, que o
supercomputador não consegue quebrar. Logo, Susan e seu namorado, David Becker, são designados para resolverem
essa crise; ela atuando dentro do setor de criptografia
da NSA e ele, em uma busca na Espanha
por um anel que pode conter a chave para o código.
Apesar de lançado em 2005 aqui no Brasil, o livro
contextualiza bem com o avanço tecnológico pelo qual estamos passando;
além de trazer consigo uma reflexão sobre as responsabilidades de quem detém
tal tecnologia e os limites do poder de intervenção
do Estado na vida dos cidadãos.
Dessa forma, Fortaleza Digital se apresenta como um dos
melhores livros de Dan Brown, por sua maior proximidade com a realidade, porém mantendo
sempre a atmosfera de intrigas e suspense, culminando em um final surpreendente.